Dever cívico.
Atualidade. Política. Eleições. Enriquecimento de Urânio. Comércio. Economia. Bomba. Brasil. Acho engraçado o tempo. Me lembro claramente de quando eu era menina e queria ficar no meio dos meus pais enquanto conversavam com os amigos.
- Isso não é assunto de criança, você não entende. Deixa os adultos conversarem.
E me mandavam embora. Simples assim. Cresci escutando isso repetidas vezes, aprendi a não gostar de assistir o jornal ("é muito violento, é melhor assistir desenho", eles diziam), a não falar sobre política. A não perguntar sobre política, principalmente.
Agora, a situação é um pouco diferente. Terceiro ano, título de eleitor, RG, CPF, o mundo nas mãos. Informação. Todo o tipo de informação por todos os lados. E o que eu sei sobre isso? Nada. Fui educada a não saber de nada. Não discutir política, mudar de canal no horário eleitoral.
Só que, 17 anos, e o que pedem de mim é exatamente o contrário. Querem que eu seja uma "cidadã completa". Que vote, que saiba de todos os escândalos partidários, saiba do passado dos candidatos a presidência, saiba o quanto de imposto pagamos e até mesmo argumentar. Discutir leis novas ou projetos não cumpridos. Mas isso não é algo que a gente aprenda na escola. Se trata de ética, nacionalismo, bem comum.
E como ter uma opinião formada, forte, sobre algo que sempre esconderam de mim? Ah, claro, tem os professores de história, eles sim amam falar sobre política, sobre atualidades, catastrófes e coisas que nunca vemos na TV. E falam com tanta propriedade, como se soubéssemos.
Mas quando foi mesmo que tudo mudou e eu fui habilitada a participar dos "assuntos de adulto"? Até por que, quando criança, eu perguntava tudo o que não entendia. Mas agora? Se eu for perguntar tudo o que não entendo, tudo o que não sei sobre a nação, vou parecer "burra", alienada e tudo o mais.
No final, eles sempre vão se perguntar, os cidadãos, o que aconteceu com o candidato em que votaram. Por que o Brasil está uma *****. Mas, acorda, vocês que não ensinam seus filhos a votar! Colocam um bando de pessoas mal formadas e mal-informadas para decidir o futuro do país. E ainda "mangam" dos que admitem não saber.
Muito bem, Brasil.
- Isso não é assunto de criança, você não entende. Deixa os adultos conversarem.
E me mandavam embora. Simples assim. Cresci escutando isso repetidas vezes, aprendi a não gostar de assistir o jornal ("é muito violento, é melhor assistir desenho", eles diziam), a não falar sobre política. A não perguntar sobre política, principalmente.
Agora, a situação é um pouco diferente. Terceiro ano, título de eleitor, RG, CPF, o mundo nas mãos. Informação. Todo o tipo de informação por todos os lados. E o que eu sei sobre isso? Nada. Fui educada a não saber de nada. Não discutir política, mudar de canal no horário eleitoral.
Só que, 17 anos, e o que pedem de mim é exatamente o contrário. Querem que eu seja uma "cidadã completa". Que vote, que saiba de todos os escândalos partidários, saiba do passado dos candidatos a presidência, saiba o quanto de imposto pagamos e até mesmo argumentar. Discutir leis novas ou projetos não cumpridos. Mas isso não é algo que a gente aprenda na escola. Se trata de ética, nacionalismo, bem comum.
E como ter uma opinião formada, forte, sobre algo que sempre esconderam de mim? Ah, claro, tem os professores de história, eles sim amam falar sobre política, sobre atualidades, catastrófes e coisas que nunca vemos na TV. E falam com tanta propriedade, como se soubéssemos.
Mas quando foi mesmo que tudo mudou e eu fui habilitada a participar dos "assuntos de adulto"? Até por que, quando criança, eu perguntava tudo o que não entendia. Mas agora? Se eu for perguntar tudo o que não entendo, tudo o que não sei sobre a nação, vou parecer "burra", alienada e tudo o mais.
No final, eles sempre vão se perguntar, os cidadãos, o que aconteceu com o candidato em que votaram. Por que o Brasil está uma *****. Mas, acorda, vocês que não ensinam seus filhos a votar! Colocam um bando de pessoas mal formadas e mal-informadas para decidir o futuro do país. E ainda "mangam" dos que admitem não saber.
Muito bem, Brasil.
Comentários