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Mostrando postagens de agosto, 2015

Raciocínio linear, para quê?

Eu acho que tenho um raciocínio meio atrapalhado. Não penso linearmente. Sou um emaranhado de coisas que pensa sem constantes. Feels good. Quando estou escrevendo, penso nas coisas que vão acontecer no texto, mas quando vou ler, vejo que as coisas não estão acontecendo na ordem certa, e aí tenho que sair mudando as coisas de lugar. Não é muito prático. Também me perco no meio do caminho. É como pegar um ônibus que acabou de mudar de rota, sabe? Você acha que está no caminho certo, mas tudo parece errado e diferente. No final, você acaba chegando onde queria, mas só depois de ter se perdido todo. As vozes na minha mente, são elas que eu culpo.  Ficam me atrapalhando... Viu? Já mudei de assunto!

Carta de apresentação

Olá, Boa noite. Sou Gabriella Maciel e acho que estou entrando em parafuso. Hoje estava escrevendo uma carta de apresentação para mandar um currículo para uma empresa. Até aí ok. Mas e quando sua vida começa a mudar completamente e você não tem ideia de para onde está indo, ou nem mesmo como ou com quem, mais importante ainda. Foi quando percebi que não sei quem eu sou. Como se escreve uma carta para apresentar alguma coisa que você nem mesmo conhece? É difícil, rapaz. Eu não sei quem sou. O que quero da vida. Para onde devo ir. Que caminhos seguir e a quem me apegar. Já ouvi dizer que sou muito receptiva. Será? Sei que me entrego. Quando algo me cativa, me  entrego por inteiro, sem voltas. Isso às vezes dá uma dor... Dor de frustração, primeiro. Todo mundo sabe que quanto mais alta é a expectativa, mais alta é a queda. Isso acontece comigo sempre, sabe? Eu nunca tenho controle das minhas expectativas. Sempre fui de sonhar demais. Viver de menos.  Sempre fui daquel

Amor marginal

Ok, então a paixão é uma coisa complicada. Disso eu já sabia. Mas é mais do que isso. O amor, esse sim, é difícil de lidar. É um tal de um amor marginal. Ele rouba seus sentidos, você fica boba, como em um assalto. Mas a paixão, ela assalta à mão armada. Ela atira certeiramente. Primeiro, vem aquele sorriso de lado. Sua imagem na minha cabeça, constantemente. Imaginando nossos primeiros momentos. Será que serão os últimos? Mas não é real. O tiro saí sempre pela tangente. Batendo em todas as paredes que encontrar. É uma metralhadora. Atirando em todas as direções. Era assim que eu achava que ia encontrar você, com um tiro no coração. Mas seja o que for. Não precisa também ficar me julgando. É só uma paixão. Dessas que passam com o tempo (e a distância!).

Sozinha, para virar poesia

Pra virar poesia, vale qualquer coisa? Vale chorar, vale fugir, vale gritar? Vale sofrer? É como se o peso fosse demais, mas depois as letras tomam de conta. Invadem a mim como vírus, ficam se multiplicando e fazendo sua mágica. As palavras que sozinha não significam nada, os sonhos que não tem sentido. Tudo me assusta. É incrível como na rua você está sozinha. Não há outra saída. É voltar mesmo! Por mais que em casa seja ruim, na rua é pior. O medo toma de conta, não há nada de singular nisto. Eu gosto de gente, de estar perto, de fazer carinho.

Devo continuar?

Eu sou a autora agora. Tudo se resume nesse momento: agora. É aquele ponto em que posso parar ou ir adiante. O que escolher? Como escolher? Vai ser ponto e vírgula ou ponto final? Eu quero continuar. Eu quero ser alguém, ver o mundo, ver as pessoas, viver. Mas parece difícil demais a caminhada. Será que você vai estar lá no final? Tudo que tenho são as minhas perguntas. Sem respostas. Quem sou eu? Para onde estou indo? Será que vou conseguir sem você? Fique aqui. Só mais um pouco. Não me deixe ainda, senta, tem bolo. Não puxe o gatilho ainda. Há tanto o que ver, o que ser, o que sentir. Não me ame demais, eu não sei corresponder.

Resenha de uma vida

Tudo começou aos poucos. Como deve ser. Um dia de verão, ela nasceu. E com ela, muitos sonhos. Aos cinco já pensava em ser escritora, poetisa, literária que fosse. Aos doze achava que o mundo eram suas palavras, e nada podia mudar. Mas mudou. As palavras viraram sentenças de vida. Seus sonhos cresceram até não caberem mais em sua cabeça avoada. Escreveu. Pôs tudo para fora. Até que deu certo. Tudo parecia estar se encaixando, finalmente. Seus pais se separaram na idade de dez para onze. Como se lembrar disto? Ela pediu para ele escolher, ele escolheu. Disse que não, para não magoá-la. Mas escolheu. E ela soube, soube que era aquele momento que a marcaria para sempre em seu relacionamento. Sua mãe era seu sustento, mas mal sabia ela que seria ainda muito mais, mais do que poderia imaginar! Alguns anos depois, a vida foi correndo. Andando para lá e para cá, ela nem se percebeu vivendo. Foi fácil até. Ou será que foi difícil? Hoje ela mal se recorda, mas ela sentiu fundo, tudo

Sobre mudanças.

Tudo muda. Uma hora somos melhores amigos, na outra: estranhos que mal se falam. A vida é assim mesmo. O que fiz para te perder? Você costumava ser o único, o melhor entre todos. Mas agora? Agora só lágrimas manchando fotos antigas da gente. Todo um momento se passou e eu fiquei presa. Acorrentada naquela lembrança. As fotos penduradas na parede do meu quarto? Vão continuar lá. Esperando por você voltar. Me lembrando de quanto eu era feliz e não dava valor. Eu sei que te causei dor, apenas dor, mas e você? O que causou em mim? O que são essas chamas ao redor de meus olhos? Desespero de não te ter mais. Você ainda existe dentro de mim, não é mesmo? Eu sei, eu te sinto, a cada momento!

Na alma tua.

Ele pegou na minha mão. Por um segundo pensei ser meu. Por um segundo achei que fosse certo. Mas ele soltou. Soltou a mão, e a realidade bateu forte no peito: não. Qualquer música que escuto me lembro dele. Ah, esse meu coração que teima em te querer. É um querer mais que bem querer. É não ser suficiente, sabe? É ter aquele anseio de tudo. Do toque, do sorriso, do beijo. De tudo que nunca tive dele. Ele tomou um gole da água - cerveja está tão fora de moda. Me olhou de lado. E eu? Me apaixonei. Virei dele. Para ele. Com ele. Sempre ele. Assobiou um verso. Aquela música que ele não sabe que é nossa. Será que já escutei essa melodia antes? Meu cabelo voa, um talher cai. E se foi. Eu estive lá, só por um momento, dentro da tu'alma.

Eu queria morrer de amor.

Morta matada ou morte morrida. Tanto faz. O importante é o amor, não é a morte. Mas não me leve a mal, só não me leve ainda. Há tanto o que ver e sentir. Há tanto o que amar! Queria um romance de livro. Desses de sofrer muito, sabe? Quero sofrer por amor. Sofrer e amar. Amar é sofrer. Mas quero sofrer um sofrimento correspondido. Por que sofrer sozinho não é amor. É tortura. Quero que todos saibam que amo. Pode ter seus defeitos, ser mal visto, mal falado, comentado. Mas, se falam, é por que existe, não é mesmo? Quero um amor que exista. Que seja fato, contado, falado, mais do que provado. Quero um amor que me chame de "coisa linda", mesmo eu não sendo. Quero um amor. E ponto. E ponto e vírgula. Quero amar de amor. Quero transbordar de amor, quero viver de amor, quero respirar teu amor. Quero pulsar. Veia que pulsa é veia viva, cheia de vida, de anseios. Coração não guarda nada, pulmão só respira, a pele, transpira. É o cérebro que tem segredos. E deles não agu

Dia dos pais e show do tiago iorc?

Hoje é dia dos pais. Eu tenho dois pais. Um de quando eu tinha 5 anos. Esse brinca comigo de boneca e me escuta nos meus discursos na hora do almoço. Um de quando eu fiz 12. Esse tem outra família e já não me aceita como sou. Um dia eu sou gorda demais. No outro lenta demais. Em outro, respondona demais. Distante demais. Teimosa demais. Demais demais. Eu sinto saudade de ser sua coisa linda, de dizer "eu amei te ver". "Eu errei por gostar um pouco demais, e amei, será que amei, nem sei". Acabei de chegar do show do Tiago Iorc. Por isso as citações. Me deixou sentida. Temos tempo demais, mas pouco vale o tempo sem você! Agora o tempo já passou, percebe? Agora tenho lembranças,  agora tenho medos, inseguranças. Você parece um estranho que me abraça com braços conhecidos. Um cheiro conhecido, que eu queria que fosse presente em minha vida. Aquele seu perfume. Aquele seu sorriso. Aquela sua barba correndo no meu braço - agora

Let's go back to the start!

O tempo passa. Para uns, o tempo passa devagar, para outros, rápido demais. Nós não estamos mais na "mesma página". não é mesmo? O que houve nesse lapso que me deixou aturdida? Eramos como unha e carne, como sorvete de flocos e brigadeiro de panela. Mas agora, só resta as vasilhas vazias. Espera! Vazias não! Cheias de memórias. Mas o sumo acabou. Não há mais colheradas para dividir.. O que todos esses anos fizeram conosco? Agora vejo suas fotos, falo com você, mas nada parece ter mais sentido. O que houve? Você não sabe quanto amável você é.