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Mostrando postagens de junho, 2016

Can't stop the feeling

É mágico, está no ar, está no sangue. É isso que diz a música. Mas será que eu tenho o que precisa? Será que consigo pegar seu sorriso no meio da multidão? Será que consigo falar sem tremer as pernas? Como as pessoas fazem isso com tanta naturalidade? Dançar, conversar, beber, conversar, comer, conversar, conversar (sim, de novo). Eu fico muda. Não sei o que fazer. Perto de você. É, você me deixa assim, boba. Qual é o seu problema?

Eu vivi até agora sem te conhecer

Tudo que eu pensei que você fosse ser, você não é. Você me surpreende a todo momento. Seus olhos misteriosos e esse jeito de me olhar. As conversas fiadas, tudo é mentira. É tudo inventado. Você já não sabe que eu caio pelas bandas quando o assunto é você? Deve saber. Não há quem não saiba. Não tem como não pensar "e se?". Sempre que tá tocando uma música, meu pensamento vaga pelos teus, e eu me arrepio. Eu só queria me perder, nos teus braços, nas tuas pernas, nos teus cabelos. Queria ficar presa no labirinto do teu peito. Queria dormir de manhã e acordar descabelada à tarde. Enrolada nos teus lençóis. Quero ver o mar e pensar que o longo horizonte é perto para quem quer. Queria mover montanhas para te ver. Mas minhas vontades derretem na chuva. Temos uma bela história no passado e o amor muito que tu me tinhas, esse já acabou (ou nem começou).  Tudo que eu queria era cinco minutinhos para te convencer a me amar, mas isso é impossível, não é mesmo? Não temos mais

Shiver

A gente destruiu tudo que estava certo. Nós fizemos de tudo para o outro ficar infeliz. Mas eu ainda sinto falta de quando éramos só nós. Sinto falta da maneira que fazia eu me sentir. Como se tudo pudesse dar certo. Era certo. Era correto. Era normal, tudo dentro dos padrões. Mas você escolheu ir por outro caminho. Tudo bem, eu aceito. Mas isso não significa que eu compreendo. Não. Isso não. Eu ainda me arrepio quando sinto seu hálito fresco de manhã. Falando ao meu ouvido. Em você eu vejo tudo: paz, guerra, sossego, ansiedade, amor, inferno. Meu corpo está vivo, mas sinto a essência saindo de mim. Meus pulmões não me escutam mais. Quem diria que o órgão do amor é o pulmão? Para mim é. Ele para de funcionar quando o vejo. Você já foi tudo o que a minha alma precisava. Não mais, obrigada.

Quem é você?

Será que eu vou saber quando chegar? Mesmo depois de todo esse tempo? A felicidade nos espera, amor. Era o que eu queria acreditar. Ele está aqui há muito tempo. Há tempo demais. Já pedi desculpas, já chorei, já o escutei. Já tentei entender. Já me desculpei (de novo e de novo). Mas ele não vai embora. Meus amigos já se foram. Minha paciência já se foi. O amor que eu nunca tive já se foi. Só sobraram as desculpas (em todos os sentidos). Quem eu sou sem ele? Quem eu sou com ele? Quem eu sou? Será que alguém sabe? Eu escuto e me relaciono assim, duramente. Você deveria saber, amor. Essa sou eu. Amor vem e amor vai. Por que não me deixa agora?

Esse amor é muito irônico

Como diz Clarice Falcão, "esse amor todo por você é irônico". Mas o que seria da vida sem as ironias? A vida toda, nós (oi? sou eu mesma), ironizamos nossos relacionamentos. A vida é uma ironia. Estar vivo só até morrer. Quer ironia maior que essa? Se fossemos levar a vida tão a sério, nada dava certo (opa, e dá?). Primeiro, temos que aprender a viver com a ironia que é o passar do tempo. Um dia você tem cinco ano e mal sabe ler. Dê uns dez anos a mais e você tem que decidir o que quer fazer pro resto da vida. Dê mais uns seis e você já é adulto. Isso tem que estar errado, não tem? Você pode ter uma vida longa, passar muito perrengue em diversas reencarnações, mas essa vida que você está vivendo agora é só essa. Você só tem uma chance (calma, não é aquele programa do Fantástico não). Como saber se a vida não está dando uma de irônica para cima da gente?

Vamos atrás de um pouco de paz

O que fazer quando se tem "tempo demais"? Foi meu questionamento hoje ouvindo o lindo do Tiago Iorc. Eu, quando tenho tempo demais, acabo fazendo "vários" nada. É sempre assim. Acho que funciono sob pressão. E eu acho isso horrível. Não adianta planejar muito, por que sempre faço tudo de última hora. Acho que é esse nervosismo e ansiedade tremenda que eu sinto. Quanto mais sob pressão estou, mais nervosa fico, e acabo chorando para fazer tudo. É normal (esperaí, normal?). Normal uma ova. É essa pressão que acaba comigo. Todo mundo (eu) bota pressão em todo mundo (eu de novo). E assim a gente vai vivendo. Você *tem que* ser magra e bela. Você *tem que* ser inteligente e tirar notas boas. Você *tem que* ter uma vida social ativa e um namorado. Porque né? Mas acontece que não é. Eu não acho que tenha que ser assim. Não preciso de nada disso para me definir. Eu sou quem eu sou e ponto.

Minha metade se foi

Sinto falta de me sentir completa. As coisas parecem borradas agora, como se eu estivesse debaixo d'água por muito tempo. Os olhos não conseguem focar, o pulmão arde. Estou velha e enrugada. Passei tanto tempo tentando cativar as pessoas certas e agora já não tenho ninguém além da cobra venenosa querendo me mandar de volta pro meu planetinha.  A confidência acabou. Só há silêncio (e não, não é o mesmo).  Como um padre ou psicólogo que derrubam o sigilo das suas profissões. Deixando rastros de e mbaraçamento no caminho. A questão aqui é como recobrar os sentidos. De uma hora para outra, no avançar do tempo mesmo. A minha companhia agora sou eu mesma, e eu não gosto do que vejo. 

Quando estarei pronta?

Eu, definitivamente, não estou pronta para deixar pra lá. Como se faz isso, de qualquer maneira? Um dia você ama, no outro esqueceu? Eu pinto as unhas, lavo os cabelos, tiro os pelos do corpo. Passo o pó, o corretivo, o blush, o batom. Estou pronta? Não sou menininha. A unha já está borrada por que eu não consigo acalmar. Os cabelos estão um emaranhado só no topo da minha cabeça, amarrados. Os pelos crescem e eu simplesmente coloco uma calça jeans. O pó "derrete" por causa do calor e o batom saiu quando eu fui comer. Estou pronta agora? O que o mundo quer de mim?  Que esteja arrumada para o que der e vier. Mas, dentro de mim, meu coração pula e borra a vista, não só a unha. Os nervos, assim como os cabelos, estão também emaranhados. As lágrimas caem manchando de preto meus olhos marejados. Está prestes a acontecer, estou vendo, caindo e caindo mais e mais. Mas simplesmente não posso evitar. Ele me avisa que não vou me livrar dele tão cedo (eu sei), mas não falo seu