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Mostrando postagens com o rótulo Interrogação

All that i wanted

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Adoro ouvir Coldplay, eles me deixam assim, anestesiada, sabe? Eu não penso como deveria, não ajo como deveria, não sou quem deveria. Sou eu mesma. Mas ser eu é algo errado. É algo secreto e tenebroso que não deve ser comentado. É sujo, é desajustado, é feio. É como os políticos da TV. Que deveriam ser, deveriam agir, deveriam ter, deveriam, deveriam, mas não são. Aliás, até que são, agora, que estamos em ano de eleição. Eu vivo assim, como a política. Estável, como "deveria" ser, por um longo tempo. Mas aí é  vem aquele ano e tudo se parte. Tudo se quebra. Tudo fica instável de novo. Tudo vira uma bagunça que eu não posso controlar. Tudo é cinza e preto. Preto e cinza. Quem dera fosse tudo nude , tudo fashion, tudo "tudo". O colégio é apenas uma memória boa de uma história infantil sem vírgulas e pontos. Mas a faculdade não. A faculdade é toda ela cheia de vírgulas e pontos. Pontos e vírgulas, as vezes parenteses, reticências... É tudo confuso. E as ...

Loser Like Me.

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A coisa toda é muito confusa para minha cabeça. Juro que não sei o que as pessoas vêem de tão interessante em estar apaixonado. É complicado, é trabalhoso, é cansativo, é doloroso até. É como um jogo sem fim. Como uma competição mesmo, sabe? Primeiro, nenhum dos dois pode demonstrar nada do que sente. Tem que fingir ser menos que o outro. Como se dizer “gosto de você” fosse deixar a pessoa frágil, vulnerável, fosse fazê-lo perder o jogo. Depois, no segundo tempo, as indiretas e o flerte. Tudo mais sem sentido ainda, já que a primeira regra continua valendo e nenhum dos dois quer ser o primeiro a ser descoberto. Mensagens com duplo sentido e aquela sensação estranha de “será que eu não inventei isso tudo e o que está escrito é o que realmente quer dizer?” Ser direto e verdadeiro seria tão mais fácil! Seria mais rápido! Gastaria menos dinheiro, até. Então tem os encontros que não são encontros. Os carinhos que não são carinhos. Os abraços que deveriam ser só de amizade. Os olhares que qu...

Duplo sentido

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Parece tudo tão estranho. Fora do lugar, entende?  Me adaptei a sua ausência. Pareceu bem fácil para falar a verdade. Você estava lá, sempre lá. E de repente se foi. Então eu me acostumei. Arranjei o que fazer quando senti sua falta. Fingi que foi uma escolha. Mas agora, mesmo depois de tanto tempo, (por que faz muito tempo mesmo) olhando para trás, ainda parece tudo estranho. Sem você. E você está lá, quieto no seu canto. Só não faz mais parte da minha vida. A vida é mesmo muito difícil. Nos dá o que amar, o que se apegar, carinho, compreensão e companheirismo. E daí tira. Simples assim. Por que temos que nos adaptar? Por que temos que sair do caminho e evitar constrangimentos? Por que temos que apenas aceitar o que a vida nos dá? E se eu quiser mais? Se eu puder ter mais? Se eu não conseguir tirar da cabeça o desejo de mais, da possibilidade de ter mais? O passado não existe só por existir. O passado me fez o que sou no presente. Foi importante para minha formação, por que tenho ...

Estive pensando...

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 ser humano é um animal muito estranho mesmo. (Ou talvez apenas eu seja). Quero dizer, toda essa racionalidade que dá voltas no mundo e nem sempre chega onde quer. Nem sempre chega a algum canto. Pensamos, existimos, pensamos, pensamos, pensamos. Pensamos em por quê existimos e em como existimos. Pensamos nas possibilidades, nos "se" dá vida e no futuro. Pensamos sobre o passado. Pensamos, e é isso que nos faz humanos. Outro dia estava a pensar profundamente sobre um desses assuntos que nos faz racionais. Sabe quando estamos quietos em nosso canto, tão quietos que sempre chega alguém para perguntar "pensando em quê?" e nós, na nossa simplicidade e sinceridade, apenas respondemos "na vida". Pois então. Estava a pensar. Eu nunca fui uma garota muito radical ou revolucionária. Não, eu sempre gostei das coisas como são, sempre fui bem acomodada, obrigada. Não viajo muito, não mudo muito. E nem nunca pensei muito sobre isso. Afinal, para mim, minha vida sempre ...

Dezessete

Dezessete anos. Outro dia me perguntaram quantos anos tenho. Engasguei um pouco antes de dizer. Faz apenas um mês desde que a resposta para essa pergunta mudou. Leva um tempo para se adaptar. Mas foi outra coisa que ficou na minha cabeça. Primeiro, lembrei de um filme que eu vi: "17 outra vez". Será que eu voltaria a ter 17 anos, mesmo depois de já ter passado por isso? Melhor ainda "O que eu espero de mim, daqui a 17 anos?". Seria 34 anos. Mais ou menos a idade da minha mãe hoje em dia. O que me assustou foi não saber a resposta. Não tenho a menor idéia do que quero daqui a 17 anos. Nem sobre trabalho, nem sobre família, nem mesmo sobre mim mesma. Nada. Zero. É como pensar em uma nova vida. Aqui acaba a "primeira parte" e começa a segunda. Uma folha totalmente em branco. O que, nesses meus 17 anos já vividos, eu vou continuar levando comigo? Será que vou levar alguma coisa, afinal de contas? Nunca vi ninguém na casa dos 30 que tenha muitas coisas dos 17 c...

Quem é você?

Com o tempo aprendi que, tentando, posso fingir qualquer coisa. Meus sentimentos, minhas amizades, meu gosto musical, gastronômico ou literário. Meu estudo e, depois, meu boletim. Posso fingir gostar ou "desgostar" de alguém, posso fingir auto-confiança, sono, dor de barriga. Qualquer coisa, exceto a essência. Quem realmente sou. A maioria das pessoas não sabe dizer quem é. Nem eu, pensando bem. Por que passamos (ou, "eu passo" para não soar ofensivo) o dia inteiro fingindo. Não que fingir seja totalmente errado. Pelo menos não na minha opinião. Por que fingir é uma forma que o ser humano encontrou para se adaptar aos diversos ambientes. É genético até! O fingimento. Darwin mesmo disse, a evolução é a adaptação do homem ao meio ambiente. Claro que ele falava em proporções bem maiores que as minhas. Mas mesmo assim, prova o que quis dizer. Logo, eu não vejo esse fingimento, o da adaptação ao meio, errado ou feio. Muito pelo contrário. Todo mundo quer encontrar admira...

Ideologia

Dia-a-dia. Hipocrisia. Sempre achei que as duas palavras andassem juntas. Talvez esteja errada, não seria a primeira vez, afinal, até algum tempo atrás acreditava em Papai Noel . Aliás, outro assunto interessante, as coisas que acreditamos, que nos apegamos para continuar vivendo. Mas isso já é outra coisa, para outro texto. Voltando ao assunto deste. Ideologias. Cada um tem as suas. Ou diz que tem, ao menos. Quais são as suas ideologias? E digo assim, no plural mesmo, por que, quem afirma ter uma ideologia, não consegue ter uma só, acha sempre outra e outra, como uma coleção . Me lembro de ter muitas. As juntava como se fossem prêmios . Hoje, não consigo mais dizer quais são. Todas elas fugiram de mim como quem foge da cruz, rápido como quem vai "tirar o pai da forca" e, olha, eu nem gosto de ditados, mas não encontrei forma melhor para explicar. Para onde foram? Quais eram? Não tenho idéia . E o nosso dia-a-dia está recheado de nossas ideologias. Fazemos o que achamos corr...

Fácil (?)

Obs .: Este poste se trata de um desabafo desgastado e aborrecido, assim sendo, os que vieram aqui atrás de lindas histórias de amor com final feliz, aperte Ctrl + shift +W e volte quando achar que deve. Aos demais, bom... Eu avisei. Por que é REALMENTE muito fácil. Digo, ser adolescente, ser irresponsável, ser fútil, achar que o mundo inteiro cabe em nossas mãos. Pensar que tudo passa, que podemos sempre voltar no tempo e que tudo pode ser consertado. Quer saber de uma coisa? Não. NÃO é fácil, a vida não é fácil. Ser adolescente é uma merda, ser irresponsável agora pode ser muito pior lá na frente, por que enfim, ACORDA, um dia todos nós vamos crescer, querendo ou não. Todos nós vamos ter que tomar decisões. Vamos ser alguém na vida, vamos ser importantes no mundo, mesmo que a gente nunca perceba. E não, o mundo NÃO cabe em nossas mãos. Ser fútil, parecer fútil, e, ainda mais, BUSCAR a futilidade como quem busca felicidade, não vai adiantar. Nunca vamos saber o suficiente, nunca vamos...

E mais um ano se passou.

Certo, é verdade mesmo. Mas afinal, não é esse o propósito da vida humana? Quero dizer, nascer, crescer (e com o crescer, digo o passar dos anos, por que não são todos que conseguem "crescer" no sentido psicológico da palavra), se reproduzir, morrer. Então, aí vai uma interrogação que não sai da minha cabeça já tem uma semana: Por que o ser humano dá tanta importância ao aniversário? Para mim, poderia ser um dia como qualquer outro, se não fossem pelas pessoas que me cercam, que, aparentemente, fazem questão de dizer que estou envelhecendo e ainda alardear para todo o mundo. Tem até uma musiquinha para isso. Ainda ganhamos presentes. E por que? Só por que passamos por um ano. Engraçado... Nem ganhamos presente no ano novo, e é praticamente a mesma coisa. Uma passagem. Uma marca. Para mim, é um dia de tristeza. Me perdoem os que amam seus aniversários, eu respeito, como respeito todas as outras datas que não vejo sentido (a copa, por exemplo, eu não gosto de futebol, mas fic...

Por que?

Os "por quês" sempre me intrigaram. Desde pequena, é algo constante no meu vocabulário. Por que isso, por que aquilo? Mas por que? Acho importante, portanto, ter um espaço para estes "por quês" aqui. Entretanto, não é tão importante que tenham resposta. Nada disso. Acho interessante achar as soluções sozinhas. Mas acho muito bom perguntar! Interrogar os outros, me interrogar. As perguntas nos deixam pensando um pouco a mais. Nos deixam com aquela "pulga atrás da orelha". Fazem tudo parecer estranho. Bom... Pelo menos para mim. Hoje, não tenho nada a perguntar, infelizmente. Até que tenho (sempre tenho), mas não estou com humor para isso. Por que, claro, como todo o resto, pensar, perguntar, interrogar, precisa de disposição, humor, inspiração, acima de tudo. Não é por menos que existe até profissão só para se criarem perguntas (Filosofia te diz alguma coisa?). Mas é Páscoa, a serotonina, que dizem que o chocolate libera, afetou seriamente o meu cérebro. rs...