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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

Amores de carnaval?

Entre lágrimas hoje, questionei minha mãe sobre o amor. - Mas mãe, eu quero alguém que me ame! - Filha, todo mundo quer isso. Será que querem mesmo? Já vi gente querendo muito dinheiro, sucesso, fama, mais dinheiro, uma pessoa (ou um troféu?)... Mas e o amor? Esse passa é longe em algumas pessoas. Não tem amor-próprio, dirá amor pelo próximo. Dirá ainda menos amor por alguém em particular. Alguns tem amores de férias, de carnaval (ah é, é carnaval!), de verão, de outono, de inverno até. Menos amor próprio! Com hífen, sem hífen: amor. Não sei se você sabe a diferença. Mas, para mim, tem muita. Não sei qual o mais gramaticalmente correto, mas sei que, pessoalmente, acho que o amor-próprio difere do amor próprio por que, com hífen, é um amor incondicional, contínuo; enquanto o amor próprio é algo sem compromisso, leve, livre, solto. Anyway... Como está seu amor? Amor pelos outros. Amor pela sociedade. Por se estar vivo! Amor pelo que vêm de fora. Amor pelo que se têm

Volta...?

Luzes apagadas e t odos dormem. Na televisão, um desfile de uma escola de samba do carnaval (como se eu estivesse aí para algum carnaval..). Mas meu coração mesmo está longe. Longe de tudo isso, longe de um tempo, longe de uma razão, longe de uma emoção que seja. Meu coração está distante. Está despedaçado. Cadê você para curar a ressaca de dor no meu peito?

Amor pelo inglês

Eu dou aulas de inglês, sabe? Sim, sou uma estudante de jornalismo que dá aulas de inglês, não me julguem. A oportunidade surgiu e era um dinheiro extra. Bem, começou assim pelo menos. Agora, eu gosto de ser professora de inglês. Eu acho que eu me apaixono um pouco por cada um dos meus alunos. Aos poucos, vou aprendendo seus nomes, suas idades, de onde vem, o que gostam de fazer, de comer, as roupas que vestem, suas famílias, os jogos e os filmes que estão curtindo... Enfim, um mundo de coisas que se fala em uma aula de inglês. É, por que, vamos confessar, uma aula de inglês é quase uma terapia! A gente fala de nós, o tempo inteiro, em cada tempo verbal desejado. A gente só conversa e se conhece, vai formando laços, entende? Aí pronto, dá uma semana e eu já tenho uma queda por todos eles: homens, mulheres, gays, crianças, jovens e adultos. Adoro sentir-me parte de suas vidas. E eu me divirto dando aulas. É como se fosse um outro universo. Onde nada que eu esteja passando

Infantilidade?

Sobre a minha infância não tenho nada para reclamar, sabe? Eu sempre fui a "boa garota". Sempre fui quieta e não era de quebrar vasos ou membros do corpo. Nunca nem mesmo coloquei um gesso (embora achasse o máximo quando um colega do colégio aparecesse com um, coisa de criança mesmo, só pode...). Mas por que quando alguém vira para você e diz que você está sendo infantil machuca tanto? O que haveria de errado em ser como uma criança? Ok, talvez não é o mais maduro, o mais adulto, o mais correto, mais... Sei lá. O mais bonito! Mas o que há de errado? Eu te digo o que há de errado: crianças são malvadas. Crianças são mimadas e crianças são carentes. Crianças normalmente são problemáticas, não importa o quão boa elas pareçam. É sempre dispendioso cuidar de crianças. Claro, são lindas e fazem coisas fofas, mas suas atitudes são impensadas, são irracionais, isso é o que há de errado! Por isso que, quando alguém diz que você está sendo infantil, há de se repensar u

Dormindo para esquecer

Fazia tempo que eu não dormia o dia inteiro. Entre ir dormir mais cedo e tomar remédios para melhorar o sono, e voltar a ir para a faculdade ou trabalhar, isso nunca mais tinha acontecido. Mas dizem que o sono é reparador, não é?: Eu espero que seja mesmo. Espero que cure todas as minhas feridas. As expostas e as internas. As do corpo e as da alma. Por que tive um dia ruim? Não sei. Tive vontade de me esconder do mundo. De me trancar no quarto, ficar na cama, só virando de um lado para o outro, deixando os sonhos serem minha consciência. Por que acordada e pensando é dor demais. Meu inconsciente já não me deixava em paz. Agora o consciente também não! Será que vai ser sempre assim? Será que nunca vou me livrar disso? Será que eu SOU assim? Será que essa sou eu mesmo? Eu não quero ser essa pessoa. O que eu faço? Por favor, alguém me diga.

A necessidade de escrever

De novo aquela sensação. Lá estava ela, sentada com seu computador no colo, escrevendo. Aquilo era normal. Mas quando se tornou um esforço? Não, um esforço não. Um sofrimento. Acho que é por que escrever, era por para fora seus sentimentos mais profundos. Seus segredos mais secretos ali, escritos numa tela, no preto e no branco, para qualquer um ler. Qualquer coisa que pensasse, que sentisse, qualquer amor sofrido e não compreendido, para todos verem. Era como um sonho erótico sendo exibido numa tela de sessão da tarde. Mas é assim mesmo. Escrever é mesmo como dispor-se nua em frente do mundo, para os olhos dos curiosos. É quase imoral, se você pensar bem. Mas voltando a ela. Ela sentia-se bem, no final das contas. Estranha, mas bem. Despida, mas bem. Quase como se estivesse baleada no peito, mas bem, after all . Era como se, depois de um dia cansativo, ela achasse sua cama, e tudo ficasse bem lá. Mesmo que sua vida estivesse uma confusão por dentro. Sua mente fluía e el

Quando a gente passa a ser lembrança

Desesperador. O sentimento de estar totalmente abandonada. O fato de seus sonhos tornarem-se pesadelos aos poucos. Até a vontade de dormir desaparecendo (e olha que eu gosto muito de dormir). As piadas internas não incluem mais você. As saídas não incluem mais você. As conversas não incluem mais você, as fotos não incluem mais você. Você passou a ser uma lembrança. Quando foi que isso aconteceu? Quando foi que eu passei de ser realidade para lembrança? Ser lembrança dói.  Por que eu ainda me lembro. Por que eu ainda existo. Eu ainda tenho sentimentos, você sabia disso? Talvez eu tenha me excluído o suficiente para deixar de ser suficiente. Mas ainda assim, dói.

Calor de dentro para fora

Hoje o calor estava de matar. Aí eu escuto uma frase, em pleno sol de meio-dia. "É calor de dentro para fora, de fora para dentro!". Me pôs para pensar. Quando o calor tá de fora para dentro, é difícil, é muito difícil. A gente toma banho, bebe água , liga o ar condicionado. Mas e quando o calor é de dentro para fora? O que fazer quando o calor nos consome a alma? O que fazer quando o desejo é maior do que nós mesmos? Quando isso acontece, a coisa complica. Meu desejo é como esse calor. Não passa. Não tem jeito. Desejo de quê, meu Deus? Desejo de viver, de ter, de ser! De sentir. Sentir as coisas que acontecem na vida, no dia-a-dia, e fazer textos delas. Escrever como se não existisse fim. Por que no fundo não existe mesmo não. A vida é um ciclo. A gente nasce, vive, morre, pra nascer de novo. Foi assim que eu aprendi. Meu desejo é de saber viver. É de me sentir feliz, é ter a felicidade em minhas mãos e saber disso. É não desperdiçar nenhum momento de existênc

Em terceira pessoa

Essa história não tem nada haver com nada (só para que vocês fiquem logo sabendo). Não é uma história baseada em fatos reais, mas toda história que contamos, leva um pouco de nós dentro delas. É, por que a imparcialidade mesmo não existe. Então nós colocamos um pouquinho de nós dentro de tudo que fazemos, avalie contando uma história! Era quente. Muito quente. Aquele calor que faz coçar a cabeça e os cabelos da nuca ficarem eriçados de calor. Um calor que faz a mente fervilhar e escrever por horas coisas sem sentido (oi? qualquer semelhança é mera coincidência, como eu já disse antes). Ela estava sentada na frente de um computador pensando que talvez devesse ler um livro, talvez dormir, já que trabalharia cedo no outro dia, qualquer coisa melhor do que ficar fuçando a vida de ex-paixões pela internet. Mas estava sem saco pra vida. Nem mesmo a televisão e o comprimido para dormir que tomava toda noite faziam efeito no seu sono naquele dia. Talvez fosse somente o calor, ou talvez fo

A questão da calopsita

Há alguns dias atrás, a calopsita daqui de casa (que apareceu do nada, e não sabíamos se era macho ou fêmea) soltou um ovo. Foi. Um ovo. Então era isso: o ele (chamávamos a tal calopsita de Pikachu, por conta da similaridade), era ela. Mas restava algumas dúvidas. Tipo: como o ovo foi fecundado? Será que tinha passarinho lá dentro? Daí que não tinha. Um expert em calopsitas (o cara que vende ração para minha avó), disse que era só a gema e a clara mesmo, sem calopsitasinhas pequenininhas lá dentro. Disse para "rebolar no mato" e dar um banho na bichinha, para, ah, sei lá o por quê. Eu sei que fiquei chocada. Perdão pelo trocadilho. Fiquei pensando no trauma para a pobre calopsita, a Pikachu. Em sua vida sofrida. Perdida da família, numa casa estranha, pega por uma cadela louca, quase morre, aí ganha uma nova casa, com cachorro grande, pequeno, gato, gente que não respeitava o seu espaço. Um dia resolve botar um ovo. E chocar o ovo. Não entendo muito de calopsitas. Ma

A realidade dentro de mim

Eu tinha escrito um texto inteiro na minha cabeça. Dormi e acordei com ele na mente. Assim, prontinho. Mas fui escrevendo e a coisa simplesmente não parecia correta. Apaguei. Resolvi que não era o que eu estava sentindo. Talvez quando fui dormir. Talvez em outra existência. É, por que a gente tem muitas existências dentro da gente. Assisti um filme hoje que falava sobre isso. A mulher achava que estava sendo traída. Tinha certeza. Mas no final era somente ela mesma vivendo outra vida que ela não reconhecia. Talvez às vezes eu me sinta assim. Maluca. Talvez às vezes eu não seja eu mesma. Mas todas que eu sou, fazem parte de mim. Mesmo que eu nem sempre me reconheça nessas tantas e tantas pessoas que moram em mim. É difícil explicar a sensação que é: uma hora você tem razão e propriedade, na outra está acabada, derrotada, se sentindo irreal. O que é ser real, na verdade? Será que podemos dizer com certeza? Você é real? O que significa na sua vida essa realidade toda? O q