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Mostrando postagens de setembro, 2016

Sobre expectativas, minhas e dos outros.

Nunca dá para satisfazer a todos. Eu ainda não aprendi, mesmo na marra. Qual o problema que essas pessoas tem com altas expectativas? Aliás, com qualquer expectativa? -Hello! As pessoas não TEM que alcançar as SUAS expectativas. Ninguém é obrigado a cumprir os objetivos que você traçou para o outro. Trace suas próprias metas, por favor, tá? Parece assunto batendo na mesma tecla, mas é verdade, é o que eu sinto. Como se eu tivesse uma pessoa dentro de mim me obrigando a fazer tudo desse e daquele jeito e nada pode dar errado (ou o que a pessoa dentro de mim ache que é errado, por que nem sempre é a mesma coisa). Eu não consigo acreditar nas pessoas. Nas boas ou nas ruins. Nas que dizem que eu posso, e nas que dizem que eu não presto. Tenho minhas reservas em cada um dos casos. Como eu devo ser? É a pergunta que saí de meu poros a cada pessoa que vai chegando perto de mim. Às vezes pareço ser mais de uma (ou mais de duas, mais de três...). Uma personalidade diferente para

Mais um dia de ponto e vírgula, ou, Setembro Amarelo

Desligue a luz. Pense um pouco aqui comigo. - O que você vai fazer da vida? - Não ligue a luz ainda. Há muito o que pensar. - O que você quer fazer da vida? Eu queria poder saber essas respostas. Vivo buscando sonhos que me parecem impossíveis e que as pessoas dizem que eu vou conseguir. Como acreditar nelas? Como dar um voto de confiança em mim mesma? E quanto ao benefício da dúvida? Por que não consigo ser totalmente objetiva (como uma jornalista deveria ser) comigo mesma? Eu não tenho as respostas para essas perguntas. Sei muito pouco da vida (inclusive da minha). Esse mês, mais do que nunca, eu quis desistir. Quis que as pessoas me deixassem em paz logo de uma vez. Mas esse mês, esse em específico, é o mês de ser ponto e vírgula. É algo do tipo - eu te odeio, mas eu te amo mais. Não consigo me esquecer. Esquecer da sua cara, do seu cheiro, dos seus carinhos. E então, eu vejo: você como uma estampa em mim. Eu tenho que continuar, não é? É a lei.  

Ghost town

Estou tentando achar uma razão para acreditar. Acreditar que sou alguém. Que valho a pena. Eu sempre tomo toda a culpa para mim. Acho que sou culpada de tudo. Dele não me amar, de eu não conseguir, da tristeza do mundo. Da fome e da guerra. Da cretinagem toda que existe por aí. E eu o vejo perto de mim, e choro. Choro copiosamente. Sinto mesmo. A dor que me invade. Está na minha mente, no meu corpo, dentro e fora de mim. Eu digo pra ele - será que não podemos nos resolver? será que não podemos conversar? - mas ele não me ouve mais. Acho que nunca ouviu. Cada pessoa acha que tem uma razão de ser. Eu só tenho razões para não ser. O que você quer que eu faça? Sobre o que é isso? O que quer que eu mude? Por que eu estou tentando. Sempre tentei, de todas as formas. Talvez uma vez que seja, de todas elas, eu consiga te satisfazer. Eu só queria que soubesse meu nome. Meu verdadeiro nome. O que você nunca me chamou. Sou Gabriella: filha, neta, estudante, aspirante à jornalista, espí

Escrever é como beber água quando se está na seca

É um  puta de um alívio. Quando a gente (lê-se: eu) tá angustiado, só o que faz passar é escrever. Talvez se a gente soubesse que é amado por quem se ama. Talvez se a gente não precisasse fingir que está tudo bem quando não está. Talvez assim eu não precisasse escrever. Eu não preciso, às vezes. É quando dói, quando aperta o nó, que a coisa desaba.

After all this time

A dor é algo que não podemos controlar. Ela vem devagarinho, ou de repente. Tanto faz. Toda dor dói a mesma quantidade: a maior do mundo. Não conseguimos entender que existem dores "maiores", a pior coisa do mundo é quando a dor é da gente. Mas, independente de que dor esteja sentindo, você sempre vai achar que não poderia ser pior. E a dor de amor? Acontece que o amor é um jogo. Tem reis e rainhas, cavalos e seus cavaleiros. Tem a quantidade certa de obstáculos, e algumas paradas que parecem infinitas. "Uma jogada sem rodar o dado". É assim que me sinto. Como se estivesse estancada na casa inicial. Eu tenho ciúmes. Tenho ciúmes dos que me são queridos. Dos que são e sabem, dos que são e nem sabem, dos que nem são ainda. Gosto de estar junto, de abraço e beijo (por isso a distância nunca me fez bem). Mas a vida não é feita de carinho. Cada um nasce sozinho, nu, e levando tapas no bumbum. Chorando, na maioria das vezes. A vida nos faz chorar, e sucumbimo

Home

É difícil mudar. Tudo acontece e você fica achando que não vai dar certo. Eu sempre tento me conformar que tudo é para ser imutável, ficar onde está mesmo e ponto. É como mudar de casa. Demora um pouco (pra mim, um monte) para se acostumar com os móveis nos novos lugares. É como quando o ônibus que você pega todo dia muda de rota. Você sabe onde vai parar, mas fica se sentindo meio perdido, meio fora de lugar. Com medo de não chegar. Como a gente sabe que se sente em casa? Afinal de contas, como a gente sabe onde é a casa da gente? Li um livro em que a personagem luta para mudar a própria vida. É difícil para ele. Ele não quer decepcionar os pais, mas também não quer ficar onde está. Não quer causar nenhum tipo de comoção, nem de onde veio nem para onde vai. Pense numa tarefa complicada! Acho que assim é a vida. A gente acha que sabe onde está, acha que está em casa. Na zona de conforto. Mas tudo muda de uma hora para outra e você se sente tonto. Não gosto muito de mudanças.