17 de maio de 2010, aula de química
Ultimamente ando com os nervos agitados. Ficam pulando em minha cabeça, me deixam inquieta, me coçando toda. E só param quando começo a escrever. Parece um vício, uma droga. Me tremo só de ver uma folha em branco, esperando ser preenchida. Até coisas banais. Escrever, qualquer coisa que deixe minha mão ardendo e, mesmo assim, não consiga parar.
Mas nem era sobre isso que eu ia escrever. Acho que era sobre meu dia. Aliás, a aula de química já acabou...
O despertador de manhã cedo parecia estar brincando com a minha cara. Banho, roupa, comida, colégio. Não vou me deter nos detalhes chatos, ou não acabaria nunca.
Filme e polêmica entre amigos, logo na primeira aula. Coordenadora e reunião da liderança. Nove probleminhas para o A2, oba. Comida e sossego? Até parece. Lá fui eu, dar uma de mãe mais outra vez (mais outra vez, como tudo em minha vida). Choro e colo. Desculpas para dar. Aula.
- Foi boa a viagem? - O que eu deveria responder? Eu sei que ela não se importa mesmo.
- Foi sim, ótima. Bem tranqüila. - Pronto, estava dado o espaço que ela precisava para começar a "conversar" (estava mais para um monólogo). Mas não me entendam mal, até que gosto. Gosto dela, gosto de escutar, gosto de apoiar. Mas hoje não é o meu dia. É daqueles que você fica pensando "por que mesmo que eu levantei da cama?".
- E aí, estudou? - Ela sabe a resposta. Toda segunda-feira é a mesma coisa. Aliás, já comentei que não gosto de segundas?
Hoje tem prova. A lembrança do boletim passa pela mémoria e se gruda como rã em parede, fica lá, me atormentando. "A um passo da conquista" me persegue com em filme de terror, nos corredores: letras grandes e coloridas, nas blusas: aquela branquidão assustadora. Um passo? Será mesmo? E que conquista?
Esse professor de geografia fala muito rápido, não consigo entender nada do que diz. E que silêncio estranho na sala. Ah! Está todo mundo dormindo, ou mandando cartinhas.
Eles ainda estão brigados. Nunca achei que combinassem, para começo de conversa, mas, agora, que estão separados, parece errado. Ultimamente tudo parece errado.
O L. faltou. Ele nunca falta. Eu nunca falei muito com ele, mas hoje, que faltou, a sala ficou estranha. Deve ser gripe. O V. também, mas ele tá em Recife, todo mundo sabe disso.
Amanhã é a apresentação do trabalho de literatura, é bom que venha (com a fala decorada).
Daqui a pouco ela vai perguntar o que eu estou fazendo. Só me lembro da A.
Meu Deus, quanta folha, quatro TDs, até parece que alguém vai ler esse informativo sobre a Influenza. E essa aula que não acaba... Ele vai fazer exercícios e eu não trouxe a apostila, melhor ficar escrevendo mesmo, para ele não notar.
Aliás, nem posso mais ser excluída, já tenho quatro. A próxima é suspensão (medo). Estou escrevendo no caderno de matemática, nem uso mesmo (tenso).
Olho para trás, ele está dormindo. Eu devia ter raiva dele né? Ele acorda, um sorriso.
Gastei o dinheiro do almoço de hoje em chocolate, se minha mãe descobre, me mata. Ai, sempre me esqueço que ela lê meu blog. Parar de falar coisas comprometedoras, já. (Tomara que ela venha me buscar depois da prova).
- O que tu "tá" fazendo? - Sabia que, mais cedo, mais tarde, ela ia perguntar.
- Escrevendo, dã.
Mas nem era sobre isso que eu ia escrever. Acho que era sobre meu dia. Aliás, a aula de química já acabou...
O despertador de manhã cedo parecia estar brincando com a minha cara. Banho, roupa, comida, colégio. Não vou me deter nos detalhes chatos, ou não acabaria nunca.
Filme e polêmica entre amigos, logo na primeira aula. Coordenadora e reunião da liderança. Nove probleminhas para o A2, oba. Comida e sossego? Até parece. Lá fui eu, dar uma de mãe mais outra vez (mais outra vez, como tudo em minha vida). Choro e colo. Desculpas para dar. Aula.
- Foi boa a viagem? - O que eu deveria responder? Eu sei que ela não se importa mesmo.
- Foi sim, ótima. Bem tranqüila. - Pronto, estava dado o espaço que ela precisava para começar a "conversar" (estava mais para um monólogo). Mas não me entendam mal, até que gosto. Gosto dela, gosto de escutar, gosto de apoiar. Mas hoje não é o meu dia. É daqueles que você fica pensando "por que mesmo que eu levantei da cama?".
- E aí, estudou? - Ela sabe a resposta. Toda segunda-feira é a mesma coisa. Aliás, já comentei que não gosto de segundas?
Hoje tem prova. A lembrança do boletim passa pela mémoria e se gruda como rã em parede, fica lá, me atormentando. "A um passo da conquista" me persegue com em filme de terror, nos corredores: letras grandes e coloridas, nas blusas: aquela branquidão assustadora. Um passo? Será mesmo? E que conquista?
Esse professor de geografia fala muito rápido, não consigo entender nada do que diz. E que silêncio estranho na sala. Ah! Está todo mundo dormindo, ou mandando cartinhas.
Eles ainda estão brigados. Nunca achei que combinassem, para começo de conversa, mas, agora, que estão separados, parece errado. Ultimamente tudo parece errado.
O L. faltou. Ele nunca falta. Eu nunca falei muito com ele, mas hoje, que faltou, a sala ficou estranha. Deve ser gripe. O V. também, mas ele tá em Recife, todo mundo sabe disso.
Amanhã é a apresentação do trabalho de literatura, é bom que venha (com a fala decorada).
Daqui a pouco ela vai perguntar o que eu estou fazendo. Só me lembro da A.
Meu Deus, quanta folha, quatro TDs, até parece que alguém vai ler esse informativo sobre a Influenza. E essa aula que não acaba... Ele vai fazer exercícios e eu não trouxe a apostila, melhor ficar escrevendo mesmo, para ele não notar.
Aliás, nem posso mais ser excluída, já tenho quatro. A próxima é suspensão (medo). Estou escrevendo no caderno de matemática, nem uso mesmo (tenso).
Olho para trás, ele está dormindo. Eu devia ter raiva dele né? Ele acorda, um sorriso.
Gastei o dinheiro do almoço de hoje em chocolate, se minha mãe descobre, me mata. Ai, sempre me esqueço que ela lê meu blog. Parar de falar coisas comprometedoras, já. (Tomara que ela venha me buscar depois da prova).
- O que tu "tá" fazendo? - Sabia que, mais cedo, mais tarde, ela ia perguntar.
- Escrevendo, dã.
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