Antonio Alexandre Iorio Ferreira

Um caso a parte.
Um caso curioso, até.
Meu pai, só para começar. O que falar de um pai? É um fato. Imutável. É meu pai, sempre foi e (certo, eu sei, eu sei...) sempre será. Não importando tempo, pessoas, sentimentos, situações. Ele é o meu pai. Único dessa "espécie". Ninguém mais pode ser isso no lugar dele.
Acho que deve ser estranho para um pai ver uma filha crescer. Deve mesmo. O que um dia era um bebê que ele colocava nos braços agora tem uma vida por si própria, tem seus segredos e, usualmente, quer encontrar novos braços para estar. Aquela menina, que parecia um brinquedo, cria corpo, formas, idéias e opiniões. De onde veio isso tudo?
Mas não é por que é complicado que ele pode simplesmente virar as costas e decidir que isso tudo não vai acontecer, por que vai. Aconteceu, aliás.
"No que você pensa quando te falam 'pai'?". Foi a pergunta que escutei e que me fez escrever esse texto.
Eu sempre lembro de uma foto. Aquela da formatura dele, em que me tem nos braços, os dois sorrindo, eu com seu 'chapéu' (juro que não sei o nome daquilo...). O engraçado é que não tenho lembrança sequer desse dia. Mas é automático. Falam dele, eu me lembro da foto. Talvez por que seja como nos filmes, uma foto exemplar de uma família linda. Como eu queria que fosse, e não é.
Eu aqui divagando e divagando. A verdade é que ele sempre foi uma pessoa de poucas (pouquíssimas mesmo) palavras, ao contrário de mim.

(Nota: texto escrito em 24/05/2010)

Comentários

Anônimo disse…
Gabi

por acaso esbarrei aqui...se seu pai for o alexandre, ex-aluno do colegio brasil, é o mesmo que foi meu grande amigo na adolecencia. O que posse te dizer é que apesar das poucas palavras, ele sempre foi um amigo leal e sincero, que estava pronto pra lhe ajudar em qualquer momento, não importava o dia ou o horario. fico feliz por saber que ele tem uma filha tão sensivel e inteligente. um beijo

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