A.B.L.

Ela me olha daquele jeito que faz com todo mundo. Culpando, "lavando as mãos". Eu odeio quando ela faz isso. Depois de todo esse tempo, depois de tudo que passamos juntas, não sei se realmente a conheço. Olho nos seus olhos e não a vejo. O que aconteceu? Ela ainda pergunta o que há comigo, se está tudo bem, mas parecemos total estranhas.
Tantas discórdias, tanta briga, tanta desconfiança, tantas mentiras, tantos segredos... Não consigo parar de pensar "o que diabos aconteceu conosco?".
Qual era a verdade? Antes ou agora? Quem estava ou está fingindo? Por que não tem como tudo mudar do dia para noite.
Então em algum momento nos cansamos de fingir. Ou cansamos uma da outra? Dos problemas da outra. Não sei, talvez nunca saiba. Talvez seja melhor assim, talvez nossos gênios não possam conviver em harmonia, talvez não sejamos boa influência uma para a outra.
Muitas suposições, nenhuma certeza.
Mas a verdade é que sinto sua falta. Sinto falta da alegria, do amor, das palavras de conforto, mesmo que não fossem de verdade.
Pelo menos eu aprendi que não perdemos as pessoas que amamos apenas quando morrem ou morremos. Não... Na caminhada que é a nossa vida, querendo ou não, deixamos muitas pessoas no meio do caminho. A maioria pega outro rumo. Algumas ficam esperando, algumas nos seguem não importa o que, outras pegamos no meio da estrada.
Qual dessas é você?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ablutofobia

Novamente Clarice

Abissofobia