existe ou não existe?

Sempre que alguém morre, eu me pego pensando em milhares de coisas. Como alguém pode simplesmente se recuperar de perder alguém importante em sua vida? Aquela pessoa vai deixar de existir. Será mesmo?
E quanto às memórias. As lembranças, a saudade que fica? Penso, logo existo. Mas e se alguém pensa em mim? Também significa que existo? Se alguém pensa, então eu acho que existe sim.
É incabível para mim que alguém que conhecemos, alguém que amamos, alguém que lembramos vá sumir para sempre. Não. Não dá. Não seria justo.
Até hoje eu converso com minha bisavó. Em meus sonhos, ou acordada mesmo, com uma frequência abundante nos últimos dias. Então, ela existe. Ela existe na minha vida, ela existe para mim, eu nutro por ela diversos sentimentos.
É como quando a gente come uma fruta pela primeira vez. Eu não sabia, mas, mesmo antes de comê-la, ela já existia. E, depois que eu a como, ela sempre vai existir na minha memória, vai fazer sempre parte de minha vida, a sensação que tive ao comê-la nunca vai se apagar.
Como pode alguém declarar facilmente que alguém possa deixar de existir? Não. Não mesmo. Então parem por favor dessa história que me cansa. As pessoas existem, ora mais. Existem sem depender da sua existência para existir. Existem antes e depois de você. Existem antes e depois de si mesmos.
Não precisei ler muitos livros para saber disso, e, mesmo assim, existem muitos deles para lhe provar.
Não se trata de crença religiosa, ou fé, nada disso. Trata-se de lógica. Não aceito que ninguém em minha vida, ou fora dela, desapareça. Deixe de existir.
Então, é isso. Minha avó existe. O irmão do Stone existe. E ponto final.

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