Desabafo 2
Depois de pensar muito, depois de muitas pessoas me perguntarem como eu o descreveria, eu decidi: ladrão.
Ele roubou o que eu conhecia de mim mesma. Roubou meu estômago. Sim, por que, vocês sabem que sentimos as coisas no nosso estômago, não sabem? Quando estamos nervosos na hora de um assalto, ansiosos por uma entrevista de emprego, bem, são nessas situações que nossa barriga começa a doer, a revirar, a fervilhar. E, o que sinto por ele está totalmente ligado ao meu estômago. Sinto frio, sinto que algo não está certo dentro de mim.
Sinto as sinapses de meu cérebro mandando hormônios loucamente, que vão ser processados em cada parte do meu corpo. Cada poro meu grita ansiosamente pelo seu toque.
E vão parar, eventualmente, no meu estômago, me fazendo passar mal de tanta expectativa. Que droga! Ou que bom? Sei lá. Não me decidi ainda.
Então, meu estômago já era.
Roubou também minha criatividade. Agora, tudo em que penso agora é como está, o que está fazendo. Tudo que escrevo, no fundo, é para você. Até mesmo as notícias mais bobas que faço no trabalho. Fui escrever hoje sobre um cara que desenha card games para o Game of Thrones. Me lembrei de você, claro.
Até por que, tudo haver, não é?!
Roubou meus sentidos, também. Em cada canto, fico tentando encontrar seu cheiro. E não acho. Nada cheira como você. Nada encanta meus sentidos como você.
Furtou definitivamente o meu juízo. Meu raciocínio lógico. Não há lógica em nossa equação. Eu dou tudo o que tenho, mas não é suficiente para você.
Roubou minha atenção. Agora, trabalho esperando o momento que você vai falar comigo. Mas você não fala.
Minha rotina não é mais a mesma. Roubou minhas conversas. Agora, meu assunto é você. Que chato, não?
Um ladrão. É como te vejo.
"Encontrar-te me fez criança", criança indefesa de seus furtos constantes, escandalosos e aparentes. Ou, como diria minha avó "na cara de pau mesmo".
Furtou definitivamente o meu juízo. Meu raciocínio lógico. Não há lógica em nossa equação. Eu dou tudo o que tenho, mas não é suficiente para você.
Roubou minha atenção. Agora, trabalho esperando o momento que você vai falar comigo. Mas você não fala.
Minha rotina não é mais a mesma. Roubou minhas conversas. Agora, meu assunto é você. Que chato, não?
Um ladrão. É como te vejo.
"Encontrar-te me fez criança", criança indefesa de seus furtos constantes, escandalosos e aparentes. Ou, como diria minha avó "na cara de pau mesmo".
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