Uma ode à tempo perdido.

Onde eu estou?
Estou no fundo de seus pensamentos. Naquele lugar que você já nem procura mais. Estou presa em sentimentos profundos, sou como um peixe in deep ocean. Procurando não-sei-o-que. Talvez carne para alimentar meus mais próximos desesperos.
Desesperos estes que não sei mais onde encontrei. Foi você quem me deu? Pois trate de pegar de volta. Não quero-os mais.
Minha garganta e meus olhos ardem. De quê, meu Deus? Talvez do mesmo desespero que tanto tento pôr para fora.
"Não temos tempo a perder". Volte. Me faça feliz. Como você disse um dia que poderia. Eu acredito agora, acredito em você. Tenho que acreditar, quero acreditar.
"Temos nosso próprio tempo", canta Tiago Iorc em meus ouvidos. "Não tenho medo...". Eu tenho. Muito medo. Medo, medo, medo.
"Deixe as luzes acesas". Agora não há mais volta, há? Eu já me apaixonei, não tem como desapaixonar.
O que foi prometido? Será que foi tempo perdido? Não somos mais tão jovens. Agora, o que resta, é esse tal amor perdido.
Espera... Então foi o amor que foi perdido? E não o tempo? Agora eu fiquei confusa.
"Nosso suor sagrado" é tão sério, tão selvagem, nosso amor foi assim: sério e selvagem. Nada restou.
Só a garganta seca e a lágrima no olho.
E o ardor da dor de amor.
"A tempestade que chega é a da cor dos teus olhos", olhos que não consigo esquecer, olhos que me encantaram e que agora me assustam. Meu medo é de que não possa olhar-te mais uma vez, só mais outra vez.
"O que foi escondido é o que se escondeu", se escondeu de mim o amor.
O seu amor.

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