Ser mulher

Desde os princípios da humanidade, e, mesmo depois de todo esse tempo, as mulheres foram incompreendidas. Tiveram seus direitos... que direitos?
Tendo que lutar por coisas que eram para ser naturais, tendo que gritar para ser ouvida, a mulher já alcançou muitas conquistas.
Mas, mesmo assim, ainda há muito o que caminhar. Muito mais conquistas para serem alcançadas.
Houveram dias que tive medo de ser mulher. Tive medo do que isso representava para a sociedade. Tive vergonha de mim mesma. De ser mulher. De ter um corpo de mulher. Vergonha e medo de ser quem sou. De amar quem amo, de fazer o que faço.
Mas as mulheres em minha vida, a quem sou muito grata, me fizeram perceber que a vergonha não devia ser minha, mas da sociedade. A sociedade preconceituosa que excluí, a sociedade machista que oprime. Que bate, que abusa, que acha que pode ser mais só por ser a maioria (de homens).
Por essas mulheres guerreiras que me inspiram só tenho a agradecer.
Elas me ensinaram que eu valho mais do que a sociedade me fez acreditar. Que eu sou linda do meu jeito. Que eu posso ser quem quiser. Posso alcançar todos os meus sonhos, posso ser uma profissional de sucesso, e que isso só depende de mim, e não do que os outros, os homens, a maioria, os machistas, os opressores, os abusivos, pensam.
Me ensinaram a LUTAR por mim. A me defender quando algo me oferecesse perigo.
Ser mulher é sinônimo, ainda, de andar na rua com medo. De ir para shows com medo. De ir sozinha no banheiro com medo. De andar de ônibus com medo. De andar de saia ou shortinho com medo.
Sociedade hipócrita! Que trata suas mulheres como objetos, como reprodutoras e donas de casa (nada de errado em ser dona de casa, se isso for uma ESCOLHA, e não uma imposição).
Ser mulher deveria ser sinônimo de força, de garra, de beleza, de graça, de competência, de vida.
Mas a gente não para não, a gente chega lá.

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