Podre por dentro ou só cheia de medo?

Cara, sinceramente? Expectativas fodem a porra toda! (desculpa o linguajar, não tinha outra expressão que servisse).
Eu queria viver livre. Livre de toda essa bosta que é o sentimento humano. Pressa, angustia, nervosismo, decepção. Medo.
Ninguém me disse que ia ser essa barra toda. Alguém morre, você chora. É o comum. É o esperado.
Mas e quando o alguém que morre é sua alma? O corpo vive, esse é o único que importa? E se o de dentro estiver podre? E se o de dentro não prestar nem prum caldo de caridade? Mas você está vivo. TEM que viver. TEM que ser feliz.
Ser feliz é tão bobo. Tão fraco que dura pouco. Ser triste dura uma eternidade. O cheiro da podridão da alma só você sente.
Queria marcar minha felicidade na minha pele. Para lembrar dela nos momentos tristes. Mostrar a guerra que é para todo mundo. Batalha a batalha. Para quê lutar se ninguém se importa? Para quê se importar a ganhar se ninguém vai comemorar com você?
Talvez era isso que eu esperava tanto: alguém que comemorasse. Que olhasse para mim e me visse de dentro. Que me visse de dentro e gostasse.
Mas para quê se importar em dar o de dentro se o de fora é o que interessa? Talvez a minha epiderme esteja apodrecendo também.
O amor é tão irônico. Como a música da Clarice Falcão mesmo. Ele é irônico. Tem que ser um jogo. E eu não sou boa em tabuleiros. Nem os reais nem os imaginários. Vivo sendo arrastada para o começo. Sempre pego o revés invés da sorte. Fico presa na cadeia do banco imobiliário que é a vida (mais três jogadas sem rodar o dado), Sem andar nenhuma casa. Parou? Paga aluguel. Aquela propriedade com seis hotéis não é sua.
Isso tudo por que sou cheia de expectativas. E quebro a cara, sempre.

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