Carnaval.

A sabedoria popular diz que o ano só começa realmente depois do carnaval e que o Brasil é o país que mais celebra o carnaval. E realmente é. É o único país em que as festividades duram quatro dias. No Brasil existem várias formas de se brincar o carnaval, vários costumes e tradições. Mas não é de nada disso que vou falar. Mais do que de músicas e culturas, o carnaval é feito por pessoas.
Alguns brincam o carnaval a semana inteira e acham a melhor festividade do ano. Outros, já não dão tanta importância, como é o caso de Cristina Maia de Souza, 35 anos, que passou todos os dias trabalhando como porteira de um prédio no Bairro de Fátima. “Mais calmo do que normalmente, foi bem tranqüilo, sem muito movimento”, disse ela sobre o trabalho. Cristina não é contra o carnaval, apenas não tem boas lembranças dos carnavais passados. “Num carnaval, há 10 anos, estava com meu namorado no show do Chiclete com Banana e um cara passou a mão na minha bunda gritando ‘é carnaval!’, meu namorado foi tirar satisfações e causou a maior confusão”, conta. Hoje, casada com o namorado da época, prefere evitar situações como essa. “O carnaval se resume em muita bagunça e violência”, não é contra, no entanto, de quem curte, e até deixou sua filha Cinthia, de 16 anos, passar o feriado em Pentecostes com a família. “Não sem muita preocupação e ligações”, brinca ela. Gostaria de passar os dias descansando em Guaramiranga, aproveitando o festival de Jazz e Blues, ou apenas apreciando a natureza.
Há quem diga que para os mais jovens a coisa é diferente. A estudante de publicidade e propaganda Camilla Bezerra Dantas, de 19 anos, por exemplo, passou uma semana na praia de Canoa Quebrada com os primos. “Eu gosto de carnaval por que quebra a rotina”, e se quebra! Ela diz que bebeu, dançou , participou do mela-mela e beijou na boca. Quando questionada sobre a bebida, disse que só bebeu por que participava de um jogo, o jogo da morte, em que todos tinham que beber. Camilla começou a beber aos 17 anos e afirma que sabe que a bebida pode levar as pessoas a fazerem coisas que não fariam normalmente, ela mesma diz já ter se arrependido de algumas coisas. “A primeira vez que bebi foi por causa de uma aposta, bebi meio litro de cachaça e comecei logo a tirar a roupa e correr totalmente pelada na casa de uma amiga. Final da história: fui parar no hospital de tão bêbada.” Nunca consumiu drogas e só beijou um garoto na semana toda. Quando questionada sobre as pessoas que mudam constantemente de parceiro, ela disse que cada um faz o que quer da vida, só acha errada as pessoas não se prevenirem por que é carnaval. Com muita convicção sobre suas crenças e muitas lembranças boas desse ano, ela afirma que não se arrependeu de nada e não vê a hora de voltar para lá o quanto antes.
Já Lucas Pedroza Barbosa, de 17 anos, tem uma opinião bem diferente sobre essa época do ano. Também é estudante de publicidade e propaganda e administra um site de vendas de cd’s e dvd’s. Lucas não gosta muito do carnaval, passou a maior parte do tempo em casa estudando e saiu apenas para ir ao cinema com os amigos. Escutava Dulce Maria enquanto contava que se estressou com as músicas do carnaval. “Meus vizinhos já estavam me irritando, então coloquei uma música bem alta e fui tomar sol no quintal, só para ver a cara deles.” É contra o carnaval por que acha que é apenas uma desculpa para as pessoas fazerem o que não é certo. “Um carnaval completo seria uma semana em Fernando de Noronha, olhando para o mar com a pessoa perfeita”, afirma.
O feriado é o mesmo, mas existem várias maneiras de se passar o tempo. Jovens, adultos, homens ou mulheres, cada um tem uma idéia própria do carnaval perfeito.

Ok, bem atrasado. Mas é que eu só vejo, bebo, respiro a faculdade! AUHEUAHEUAHE. Esse daí também foi p a cadeira de jornalismo!

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